segunda-feira, 30 de março de 2015

Murakami vs Jorge Palma

O Jorge Palma diz, sedento e convicto, que o amor dele existe, a galope nos seus trinta mil cavalos, mas o senhor Haruki duvida de tudo o que vê e sente. O seu amor aparece e desaparece num bar em Tóquio ao som de “Star Crossed Lovers” de Duke Ellington, até desaparecer de vez – ou talvez tenha sido o mundo a desaparecer inteiro de dentro da sua etérea Shimamoto. Só as marcas lá ficaram, as de dentro porque as outras não se deixam ver nem ser provadas. Murakami é para se ler com banda sonora e para nos acompanhar depois de acabarmos de ler cada história, deixando-nos a dúvida: não estaremos nós a ser lidos por ele?

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